terça-feira, 26 de outubro de 2010

26/10/2010 
Estado e produtores não se entendem sobre repasses

Governo do Estado e produtores não chegam a um entendimento sobre o pagamento das parcelas atrasadas do Programa do Leite e uma nova reunião deverá ocorrer esta semana, para discutir os próximos repasses. Uma assembleia havia sido marcada pelos fornecedores para a tarde de ontem, com o objetivo de discutir as propostas de pagamento apresentadas pela administração estadual. Entretanto, a reunião foi adiada e o Sindleite optou por não informar a nova data.
O secretário estadual de Planejamento e Finanças, Nelson Tavares, garante que o governo não apresentou uma nova proposta aos produtores de leite, na semana passada. De acordo com ele, os próximos pagamentos estão programados para os dias 3 e 10 de novembro.
Tavares afirma que durante os encontros com representantes do setor, sua postura foi a de corroborar o que já havia sido acordado anteriormente, com o governo quitando todos os débitos até dezembro próximo. “Reiteramos que iremos pagar um mínimo de duas parcelas por mês, uma vez que para zerar a dívida até dezembro será necessária uma parcela ‘extra’ daqui para a frente”, destaca.
Segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Norte (Sindleite), Belarmino Macedo, apesar de o governo ter depositado o pagamento na sexta-feira passada, alguns produtores estão se queixando por não terem recebido o repasse. A demora pode ser apenas administrativa, uma vez que o depósito bancário tem o prazo de dois dias úteis para ser efetuado. “Mas não temos a expectativa de suspender o fornecimento. Pelo menos, não durante os próximos dias”, diz o vice-presidente do Sindleite, Berlamino Macedo.
Memória
A celeuma teve início durante a semana passada, quando o Sindleite e três consórcios do setor ameaçaram suspender o fornecimento diário de mais de 155 mil litros de leite.
Os produtores exigiram o pagamento de uma parcela de aproximadamente R$ 3 milhões na sexta-feira e, após alegar que não dispunha de verba disponível, o Governo do Estado fez o depósito do valor na conta dos fornecedores do programa.

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